sábado, 21 de novembro de 2009

Sampa

Esse feriado eu tirei para conhecer São Paulo. Moro aqui há 20 anos (desde que nasci), mas andei reparando por estes dias que não conheço São Paulo. Sampa é uma cidade imensa, simplesmente não há como conhecê-la por completo, até porque a cada dia abre-se algo novo, etc. Mas a essência da cidade, o centro velho ao menos, acho que todo paulistano que se preza deveria conhecer. Foi preciso que eu desse uma de guia turística, para apresentar a cidade a alguns amigos cariocas, para eu mesma conhecer tantas coisas que, ou nunca tinha visto, ou haviam passado despercebidas por mim. Mas claro, São Paulo é "a cidade que não pára", em meio a trabalho, faculdade e etc, nem há como reparar em cada detalhe desta imensidão de prédios e afins. Mas foi um dia que valeu a pena... Pra quem não sabe andar muito bem pelo centro velho, use o google maps! Eu já sabia andar mais ou menos por lá, mas ainda assim mapas são muito úteis! ^^ Começamos, é claro, pela Sé. Nunca havia reparado como a Catedral da Sé é linda!!! Seu estilo gótico/neo-gótico (segundo uma amiga entendedora do assunto) é completamente instigante! Depois fomos andando pelos arredores, passamos pelo Pateo do Colégio, onde a cidade em si, começou (pra quem não sabe foi o Colégio São Paulo que deu nome à cidade - foi a primeira construção de SP)... Depois passamos pela Praça da Patriarca, voltamos até o Largo São Francisco, onde mostrei a SanFran para os turistas, a Faculdade de Direito da USP. Ao lado o Colégio Álvares Penteado. Tudo numa arquitetura muito antiga e, na maioria dos casos, muito bem conservada. Depois disso voltamos à Sé, para então pegarmos a Av. Liberdade e irmos até a Liberdade em si. Lá foi uma festa, muuuuitas barraquinhas, japoneses vendendo seu peixe (há há) e objetos artesanais maravilhosos!!!
Feirinha da Liberdade: Francis, Debora, eu, e a figuraça que achamos por lá!
Depois almoçamos em um dos restaurantes japoneses tradicionais da Liberdade (não aqueles que fecham por criarem siri no vaso sanitário né...), onde caiu uma chuva HOMÉRICA, e depois fomos andando pelas lojinhas japonesas - é impressionante como vc pode ir mil vezes àquelas galerias e ainda assim, não ver tudo!!! Depois disso fomos até São Bento, vimos o Mosteiro - também maravilhoso - onde estava acontecendo um casamento muuuito de gran fino (afinal, quem casa no MOSTEIRO DE SÃO BENTO, com direito a limusine DUPLA e chofer???). Descemos a Ladeira Porto Geral, vimos a 25 destruída em meio à chuva (ah sim, nisso tomamos muuuuia chuva pelo caminho) e fomos até o Mercado Municipal - Mercadão. Chegando lá, infelizmente, quase tudo já havia fechado, pois já eram quase 18h... Mas ainda chegamos a tempo de encontrar o melhor bar do Mercadão: aquele especializado no tão tradicional sanduíche de mortadela! Nem preciso mencionar o tamanho, né? Comemos UM divido por 3... E ainda sobrou 1/4 dele para levar pra casa, de consolo para quem não foi ao passeio... Depois disso, votamos para o Largo de São Bento e fomos andando pelo Viaduto Santa Ifigênia. Lugar maravilhoso... Dá pra ver grande parte de São Paulo, de ambos os lados. Saindo pelo outro lado, chegamos à Stª Ifigênia, onde já estava tudo fechado pelo horário, então fomos andando, até avistarmos a torre da Luz. Resolvi mostrar a Estação da Luz, assim como a Pinacoteca aos turistas. Andamos por umas quebradas, afinal, é o centro de São Paulo, mas chegamos rapidinho até a Estação. Por lá, finalmente, acabou nosso passeio! A qual conclusão cheguei? Duas. Uma: São Paulo é maravilhosa, linda, cheia de encantos cobertos por kg e kg de pressa. A outra é que eu não cheguei a conhecer nem metade do que essa cidade esconde... A cada dia, dá vontade de conhecer mais e mais coisas. Uma pena que tenha sido preciso vir gente de fora, para eu me mexer... Mas aconselho a vcs que não esperem o mesmo! O mínimo que podemos fazer é conhecer a cidade onde moramos!!! E acreditem, vale a pena! ;) abraços!
Debora, Francis e eu: Viaduto Santa Ifigênia.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ponto de Equilíbrio

Dizem que a mãe sempre é o ponto de equilíbrio de uma família, sobretudo dos filhos. Eu, de certa forma, discordo... Acredito que isso seja muito amplo; tem irmã que é mãe, tem pai que é mãe... Tem avó que é mãe. A psicologia diz que pra uma família "dar certo", tudo deve estar nos conformes... Pai, mãe, irmãos, cachorro, família feliz. Minha vida sempre foi uma bagunça... Pais separados aos dois anos de idade; morando com avós armênios que discutiam em árabe pra eu e minha irmã não entendermos (isso até que era engraçado... hahaha); família gigante, meio bagunçada também, alguns meio distantes, avó "postiça"... Irmão morando em outra casa, tempos sem ver meu pai... Depois, ter de me despedir pra sempre (acredito que não...) dele... Cresci, fui rebelde, comecei a gostar de rock, conheci pessoas que mudariam muita coisa em mim, e conheci pessoas que, como eu nunca podia imaginar na época, me fariam muito mal, e sofrer como nunca. Achei que minha vida ia acabar, achei que minha vida tinha acabado... Achei isso dezenas de vezes num período curtíssimo de quatro anos. Fui feliz, fui muito infeliz, chorei, sorri, desejei coisas que hoje nem lembrava de ter desejado, de tão diferente que minha vida é do que era... Sei que hoje sempre coloco o cinto de segurança, porque qualquer segundo que eu possa perder num acidente, é muito precioso. Quis fugir, quis mudar de ares, quis ser dona do meu nariz e me achei "a" independente, "a" adulta... Hoje? "Não sou mais tão criança... A ponto de saber tudo..." Muita vida, pra 20 anos... Mas muita, muita vida mesmo. Hoje levo a vida devagar... tranquila, serena... O que está no meu perfil descreve MUITO o que vivo e sinto hoje. Tenho planos, mil planos... um mapa cheio de futuro que eu criei, de perspectiva que me acorda todo dia, de manhã, e me faz acordada até antes mesmo da xícara de café!!! Ironicamente, o meu ponto de equilíbrio é e sempre foi... Minha mãe. Dentro de toda essa confusão de adolescência e mistura de pensamentos e sentimentos... De devaneios, dores e afins... Foi sempre ela que eu tive como certa na minha vida. Sabe quando vc pode andar por mil lugares, viver mil coisas, e olhar pro lado, e sempre ver aquele amor maior ali, do teu lado? Minha mãe é única... Sei que é coisa de filho coruja.. rs Mas... qual mãe vem te "atormentar" no dia anterior do teu aniversário, dizendo que há exatos "x" anos estava tendo as contrações do SEU nascimento? Qual mãe te liga no HORÁRIO em que vc nasceu, pra te dar os parabéns e dizer "Filha, agora vc já tem "x" anos!!!! Parabéns!!!" QUE MÃE é sempre sincera em relação a tudo, nos protegendo, e tendo aquele 6º sentido HOMÉRICO de dizer "ahn.. não gostei de fulano... não sei porque, nem o conheço, mas tem ALGO que não gostei..." e no fim... estava certa? Que mãe se impõe como MÃE, impedindo burradas que, não importando se vc não entendesse na hora ou até chegasse a odiá-la, ela faria assim mesmo? É por isso que, mesmo tendo amigos maravilhosos, família maravilhosa, estar numa faculdade maravilhosa, na profissão que amo... O que me faz bem, é tê-la aqui, como meu ponto de equilíbrio. Tudo, T-U-D-O o que sou, devo à ela. As noites em claro, as conversas por mim e por ela. Nos reconhecemos, afinal. Mãe, obrigada por... Existir. Te amo!